terça-feira, 5 de março de 2013

Sifão – O uso da água e da gravidade para desodorizar

Conhecendo ou não o que é ou como funciona um sifão praticamente todos os dias lidamos com essa maravilha da tecnologia. Basta entrar numa casa de banho e olhar para uma sanita/retrete, de aconselhavelmente depois do autoclismo ter sido ativado e não se encontrar ai qualquer outras presença além da água. É essa mesma água que se encontra no fundo de qualquer sanita/retrete, em boas condições de funcionamento, que constitui o sistema de sifão mais comum e generalizado usado nos nossos dias. O sistema de curvas e desníveis, criados propositadamente para o efeito, permitem que toda a secção de escoamento fique, constantemente ocupada com água. Garantindo-se que a água é renovada pelo autoclismo, e arrastados todos os dejetos e afins, este sistema gravítico garante higiene e que o mau cheiro das tubagens a jusante não ascenda e contamine as nossas casas de banho.
Exemplo de um sifão de sanita/retrete

Ou seja, o bom “sifonamento” – que é o mesmo que isolamento gravítico por água nos sistemas de drenagem (regulamente  com fecho hídrico entre 50 e 75mm)– é essencial, mas deve ser feito com cuidado, pois o duplo “sifonamento” de um mesmo coletor (ou parte de um sistema de drenagem que não tenha contacto livre com a atmosfera) produz alterações no escoamento, podendo transformar aquilo que corria por gravidade e em secção não cheia passar a escoamento sobre pressão. Essa mudança pode fazer com que a deposição de água seja sugada e a quantidade de água necessária para evitar a passagem nos maus cheiros não seja assegurada. Acontecendo isso nenhum dos sifões funcionará.
A presença, por gravidade da água, criando uma membrana física aos maus cheiros foi uma invenção importantíssima, que, na minha opinião, merece ser recordada, pois todos os dias contribui para que tenhamos bom ambiente em nossas casas e noutros locais onde nos aliviamos de muitas das nossas necessidades e aflições – sítios onde até nos podemos, em maior conforto, perder em pensamentos e ensaiamos renovações correntes.

Referência bibliográficas:
Pedroso, Vitor M. R. "Manual dos sistemas prediais de distribuição e drenagem de águas". LNEC, 2007.

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