sábado, 28 de julho de 2012

Filme: Shutter Island


Martin Scorsese, em mais um filme onde dá o protagonismo a Di Caprio, surpreende-nos com a tensão, quase terror, predominantemente – que é para não dizer completamente – psicológica de Shutter Island. Este tipo de filme não é muito comum, e menos ainda para o diretor em causam, especialmente tendo em conta a obra anterior. Assistir a Shutter Island é entrar num enredo de reviravoltas surpreendentes. Mas desengane-se quem pense que se trata de um filme de ação dos mais típicos e de puro entretenimento visual. A ação desta obra de Scorsese é intensa e cativante pela curiosidade que desperta, pelo desconhecido e pelas emoções e sensações que provoca, independentemente de cenas altamente produzidas visualmente. Parece-me difícil de catalogar o filme, podendo dizer-se que é um filme de ação, drama, terror, policial, desde que a cada uma destas possíveis classificações adicionarmos a palavra “psicológico”.
A trama, ao jeito policial, vai-se adensando com o decorrer do filme, o “suspense” é a regra. O final é surpreendente, apesar de várias pistas espalhadas ao longo do filme que o pudessem prever. Essas informações, inicialmente incompreensíveis, podem deixar-nos a pensar no final - a mim pelo menos deixou. Para além de uma história bem original, o modo como nos é apresentada permite diversidade nas interpretações. Muitos poderão não gostar de algumas “pontas soltas” mas, a meu ver, isso acrescenta e torna o filme mais rico, dado um papel mais ativo e interpretativo a quem vê o filme, isto apesar de estar longe de ser um filme é que a sua compreensão dependa totalmente da imaginação do espetador. 
Algumas reflexões então sobre a história propriamente dita: Afinal o que é real?, até que ponto podemos confiar no que consideramos ser real, ou que é construído?
Di Caprio excede-se na excelente interpretação, mesmo em cenas mais intensamente duras (psicologicamente). Todos os atores revelam suas qualidades, respondendo com as emoções e reações que se esperam para os eventos aos quais são sujeitos na trama. A fotografia está muito bem conseguida. A Ilha é verdadeiramente sinistra, ora calma e aprazível.
Recomendo o filme, mas recomenda também que se preparem para cenas mais pesadas, com alguma violência física e psicológica.

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